Rio registra queda do número de mortos em confronto com a polícia e aumento de apreensão de fuzis

Nas duas últimas operações contra milicianos, que aconteceram nos dias 7 e 8 de março, a Polícia Civil apreendeu 17 fuzis e prendeu em flagrante 20 suspeitos. Apesar de alguns feridos durante os confrontos, não houve nenhum registro de morte. O cenário reflete a tendência apresentada pelos dados do Instituto de Segurança Pública que, analisando janeiro deste ano com o de 2023, aponta redução de 45% na letalidade policial e manutenção do número de apreensão das armas.

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Somente em janeiro de 2024, 62 fuzis foram apreendidos. No ano passado, comparando o mesmo mês, foram 60. Os números vêm crescendo desde 2021, quando 53 foram confiscados pela polícia.

No último dia 8, uma operação envolvendo três delegacias especializadas terminou com a prisão de cinco homens suspeitos de integrarem uma milícia da comunidade César Maia, em Camorim, na Zona Oeste do Rio. Nela, foram apreendidos cinco fuzis, centenas de munição para fuzil, quatro rádios de comunicação e 21 carregadores.

PM faz operação no Complexo da Penha para impedir avanço de traficantes para favelas na Zona Oeste do Rio — Foto: Fabiano Rocha

No dia anterior, um “bonde” de 16 milicianos foi pego em flagrante na Avenida Brasil, sentido Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Com eles foram encontrados 12 fuzis, 58 carregadores, duas granadas, sete pistolas e mais de 1.500 projéteis. Após o confronto com os agentes, seis foram baleados.

O saldo dessas ações policiais confirma a redução da letalidade policial nos meses de janeiro. Neste ano, 57 pessoas foram mortas em confronto com a polícia, quase metade do total desse mês em 2023: 104 assassinados.

O arsenal que estava com os milicianos — Foto: Fabiano Rocha/Agência O Globo

O pesquisador Daniel Hirata, coordenador do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos (Geni/UFF), reforça que não é possível fazer uma correlação direta com essas duas variáveis, mas aborda que a redução das mortes e o aumento das apreensões têm se mostrado positivos para os índices de segurança pública.

— O número de apreensões de fuzis e de mortes em confrontos não são variáveis diretamente relacionadas. Ano passado, por exemplo, algumas operações da polícia tiveram como objetivo somente a apreensão desses armamentos, não passaram por nenhum tipo de confronto. Em outros casos, as mortes acabam sendo mais recorrentes pelo cenário de disputais territoriais. Apesar disso, é possível ver que a novas políticas de segurança têm assegurado resultados mais positivos, atingindo mais diretamente os centros de distribuição de armas, e diminuindo as possibilidades de confrontos armados.

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